Família busca recursos para traslado do corpo ao Tocantins enquanto bebê prematuro segue em UTI neonatal
Nesta sexta-feira (24), nasceu o bebê de Joyce Sousa Araújo, jovem araguainense de 21 anos que teve morte cerebral declarada em 1º de janeiro após sofrer um aneurisma cerebral. Mantida viva por aparelhos na Santa Casa de Rondonópolis (MT) até o parto, Joyce deu à luz a um menino prematuro extremo, pesando apenas 900 gramas. O recém-nascido foi imediatamente encaminhado à UTI neonatal para receber cuidados intensivos.
Complicação Antecipou o Parto
Inicialmente, o parto estava previsto para fevereiro, quando Joyce completaria sete meses de gestação. No entanto, uma complicação respiratória da mãe antecipou a cesariana. A cirurgia contou com a presença do pai do bebê, João Matheus Silva, de 23 anos, e dos avós paternos.
João, que estava com Joyce há seis anos, compartilhou sua dor: “A pior parte é saber que as crianças vão crescer sem mãe”. O casal já tinha duas filhas, de 3 e 7 anos, além do recém-nascido.
Desafios na Recuperação do Bebê
O obstetra Pedro Luiz Silva, que acompanhou o caso, destacou os desafios enfrentados pelo bebê, classificado como um “prematuro extremo”. “Por ser um prematuro extremo, ele necessita de monitoramento constante e cuidados especializados na UTI neonatal”, explicou o médico.
O pequeno deverá permanecer sob observação por semanas ou meses, dependendo de sua evolução clínica.
História de Superação e Perdas
Joyce e João haviam se mudado para o Mato Grosso em busca de melhores oportunidades. Enquanto ele trabalhava em uma ferrovia, ela atuava como vendedora. Em dezembro, Joyce começou a apresentar fortes dores de cabeça e desmaiou. O diagnóstico de inchaço cerebral evoluiu rapidamente para morte cerebral.
Com o nascimento do bebê, o corpo de Joyce será transferido para sua cidade natal, Araguaína (TO), onde será sepultado ao lado de parentes e amigos.
Campanha Solidária para o Traslado
A família enfrenta dificuldades financeiras para custear o traslado do corpo de Joyce ao Tocantins. Amigos e familiares têm se mobilizado nas redes sociais em busca de doações que ajudem João e suas filhas nesse momento de dor.
Apesar da tragédia, a história de Joyce emociona e inspira, representando um gesto extremo de amor materno ao gerar vida mesmo em meio à morte. Enquanto o bebê luta por sua sobrevivência, a família enfrenta os desafios de seguir em frente com esperança e apoio.
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